segunda-feira, 9 de março de 2015

FRAUDE NO 58º WORLD PRESS PHOTO


Os organizadores do 58º World Press Photo, entregue este ano, revogaram o prêmio entregue ao italiano Giovanni Troilo por suas imagens sobre a cidade de Charleroi, na Bélgica. Segundo a revista americana Time, a decisão do júri da competição de fotojornalismo foi confirmada após investigação para garantir se as imagens registradas pelo vencedor foram encenadas, o que é proibido.

Troilo foi vencedor na categoria de ensaios contemporâneos com o trabalho “La Ville Noir – The Dark Heart of Europe”. De acordo com a revista, o primeiro inquérito da organização foi falho, sendo baseado apenas no depoimento do fotógrafo e do prefeito da cidade de Charleroi. O World Press Photo declarou que não conseguiu encontrar “razões para duvidar da integridade do fotógrafo na realização de seu trabalho”.

A decisão dos organizadores da competição só mudou após receberem novas informações fornecidas pelos fotojornalistas Thomas Van Den Driessche e Bruno Stevens, que realizaram suas próprias investigações. O World Press Photo concluiu, então, que a história de Troilo “não estava em conformidade com as regras de entrada e, portanto, o prêmio deve ser revogado”.

O comunicado oficial do World Press Photo informou que o fotógrafo apresentou suas imagens sobre a cidade belga de Charleroi. No entanto, a confirmação de fraude viola as regras da competição de fotojornalismo. O diretor Lars Boering afirmou que o concurso “deve ser baseado na confiança nos fotógrafos que enviam seu trabalho e sua ética profissional”.

Temos controles e verificações no local, é claro, mas o concurso simplesmente não funciona sem confiança. Temos agora um caso claro de informações enganosas e isso altera a forma como a história é percebida. A regra agora foi quebrada e uma linha foi cruzada”, concluiu o diretor da competição.

Como a resolução do caso desqualificou a série de Troilo, o primeiro lugar da edição for herdado por Giulio Di Sturco, com “Chollywood”, na categoria de questões contemporâneas. O segundo lugar foi ocupado por Tomas van Houtryve, com “Blue Sky Days”.

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