quinta-feira, 31 de março de 2016

UM PASSEIO PELO DATA CENTER DO GOOGLE


O Google lançou recentemente um novo vídeo exibindo um data center em 360°. Com isso, é possível acompanhar em todos os ângulos o interior de um dos centros de servidores do Google, situado em Oregon. 

O vídeo, além de informativo, tem o objetivo de divulgar os serviços de nuvem do Google. Já faz algum tempo que a empresa busca maior espaço neste setor.

O usuário, por ser um vídeo em 360°, pode controlar a imagem, clicando e ainda arrastando com o mouse para poder visualizar os diferentes ângulos do local.

A empresa recomenda que a visualização seja feita através de um dispositivo móvel, já que fica mais fácil e cômodo controlar a visualização. Para poder observar os detalhes, basta inclinar o aparelho para ver um novo ângulo da imagem.

O vídeo divulgado pelo Google mostra que grande parte dos funcionários da gigante não possui acesso ao local. Além dos servidores ele conta com uma grande infraestrutura para poder manter os sistemas ativos. A infraestrutura é montada para que se uma fonte falhar, outra é capaz de substituí-la no mesmo momento.

As pessoas, para terem acesso à infraestrutura do Google precisam passar por um rigoroso sistema de segurança, incluindo escaneamento de íris. O vídeo mostra que grande parte da infraestrutura dos servidores é feita pelo próprio Google, sob medida.

Um edifício, semelhante ao que foi exibido no vídeo, é capaz de sustentar 75 mil máquinas, e transmitir mais de petabit, ou seja, um quatrilhão por segundo.



segunda-feira, 28 de março de 2016

COMO DESCOBRIR SE UMA NOTÍCIA DA INTERNET É FALSA



Um sujeito, manipula uma imagem e cria uma mentira. Pessoas compartilham a mentira e pronto… milhões de pessoas são impactadas pelo ódio mentiroso de um desequilibrado.

Quem ganha com isto? A maldade, a sacanagem, a ignorância e, certamente, algumas pessoas interessadas em política e poder. Quem perde? Todas as pessoas que presam pela verdade.

Este problema não é só do Brasil. Acontece em todo o mundo. Pete Brown, da Universidade de Oxford, escreveu o artigo abaixo (cuja reprodução é livre) incentivando as pessoas a combaterem as mentiras da internet (no quesito mentiras o Facebook é imbatível).

SEIS MANEIRAS FÁCEIS DE SABER SE UMA NOTÍCIA DA INTERNET É FALSA

“E assim começa … bandeira ISIS (Estado Islâmico) é vista entre os refugiados, na Alemanha, durante briga com a polícia”, diz a manchete do Conservative Post; “Com esta nova imagem vazada, tudo parece confirmado”. A imagem em questão supostamente mostrava um grupo de refugiados sírios com bandeiras do ISIS (estado Islâmico) e atacando policiais alemães.

Para os que resistem em aceitar os refugiados na Europa, esta história foi uma dádiva de Deus. A foto se espalhou rapidamente através da mídia social, impulsionada por grupos de extrema direita, como o English Defence League… No momento em que escrevo, a página alega que a foto foi compartilhada mais de 300.000 vezes.

O problema é que a foto é de três anos atrás, e não tem nada a ver com a crise de refugiados. Na verdade, ela parece ter sido tirada em um confronto entre membros da extrema-direita do partido Pro NRW e um grupo de muçulmanos, que ocorreu em Bonn (Alemanha), em 2012. Algumas agências de notícias denunciaram a fraude …, assim como numerosos usuários do Twitter.

Na era digital, as notícias verdadeiras ou falsas (mentiras ou farsas) espalham muito rápido. Por isto, as retrações, as correções ou as matérias que denunciam as farsas, podem fazer muito pouco para combater a desinformação inicial. Como já argumentei em outro lugar, as habilidades de verificação digitais são essenciais para os jornalistas de hoje…

Felizmente, existem algumas técnicas de verificação relativamente eficazes, que não requerem o conhecimento especializado ou algum software e caro. Apresento a seguir seis formas simples e gratuitas que qualquer leitor de notícias pode usar para verificar a veracidade da informação.

1) Busca de imagens reversa

A pesquisa de imagem reversa é uma ferramenta de verificação simples. Foi com ela que foi descoberto que a foto da bandeira do ISIS em briga com a polícia alemã era uma farsa. Tanto no Google Images quanto no TinEye foi encontradas páginas de 2012 que continham esta imagem. Como a captura de tela abaixo mostra, a história “ISIS refugiado” poderia ser desmascarada em menos de um segundo.

Quando um link para a história foi postada no Reddit, os usuários céticos rapidamente foram ao Google para consultá-lo. Logo, um usuário relatou: “Google Image Search diz a foto é de 2012”.


Ao assistir o mais recente vídeo viral no YouTube, é importante verificar se ele não foi “reaproveitado”: um vídeo antigo, que foi baixado do YouTube e recarregado por alguém que de forma fraudulenta afirma ser de um novo evento.

A Anistia Internacional tem uma ferramenta simples, mas incrivelmente útil chamada YouTube DataViewer. Entre no site e insira o URL do vídeo, esta ferramenta irá extrair tempo de upload do clipe e todas as imagens em miniatura associadas. Essas informações – que não são facilmente acessível através do próprio YouTube – permite-lhe realizar uma pesquisa de verificação em duas vertentes.

O site permite que você identifique, entre as várias versões de um mesmo vídeo, qual é a mais antiga. É provável que a mais antiga seja a original e as outras falsas. Outra fonte de pesquisa são as miniaturas dos vídeos. As imagens miniaturas também pode ser pesquisadas usando a técnica da imagem inversa. Desta forma, você encontrará as páginas da web que contém o vídeo, o que oferece um método rápido e eficaz para identificar versões mais antigas ou informações do mesmo vídeo.

3) Jeffrey Exif Viewer (http://regex.info/exif.cgi)

Fotos, vídeos e áudio tiradas com câmeras digitais e smartphones contêm informações Exchangeable Image File (EXIF): são metadados sobre a marca da câmera usada e a data, hora e local em que a mídia foi criada. Esta informação pode ser muito útil se você desconfiar da origem do conteúdo. Em tais situações, os leitores EXIF, como a de Jeffrey Exif Viewer, permitem que você carregue uma imagem ou digite a URL (endereço) dela para visualizar seus metadados.

Abaixo, os dados EXIF ​​de uma fotografia que eu tirei de um acidente de ônibus em Poole, em agosto de 2014. Se eu dissesse que esta foto foi tirada na semana passada, na cidade de Swanage, seria muito simples de refutar. Vale a pena notar que, enquanto o Facebook, Instagram e Twitter removem os dados EXIF ​​quando o conteúdo é carregado para seus servidores, outras plataformas como o Flickr e WhatsApp os mantém intactos.

4) FotoForensics (http://fotoforensics.com/)

FotoForensics é um site que utiliza a análise do nível de erro (ELA) para identificar as partes de uma imagem, que podem ter sido modificados ou “Photoshopeado”. Esta ferramenta permite que você ou faça o upload ou digite a URL de uma imagem suspeita. O site analisa e destaca as áreas nas quais as disparidades na qualidade sugerem alterações podem ter sido feitas. Ele também oferece uma série de opções de compartilhamento para que você possa divulgar o resultado das análises feitas pelo site.

5) WolframAlpha (http://www.wolframalpha.com/)

WolframAlpha é um “software de inteligência computacional”, que permite que você verifique o estado do tempo em um momento e local específicos. Você pode pesquisar usando critérios como “tempo em Londres, 2:00 em 16 de julho, 2014”. Assim, se, por exemplo, uma foto de uma tempestade de neve arrepiante foi compartilhado com você e WolframAlpha relata que naquele momento Londres estava com 27 graus de temperatura é claro que a foto ou o contexto são falsos.

6) Mapas online

Identificar a localização de uma foto suspeita ou vídeo é uma parte importante do processo de verificação. Google Street View, Google Earth (uma fonte de imagens históricas de satélite) e Wikimapia (a versão crowdsourced do Google Maps, que fornece informação adicional)–http://wikimapia.org/ – são todos excelentes ferramentas para realizar este tipo de trabalho de detetive.

Você deve identificar se existem pontos de referência para comparação, como, por exemplo, se a paisagem é a mesma ou se as informações do local batem com o que é visto. Esses critérios são frequentemente usados ​​para cruzar informações de vídeos ou fotos, a fim de verificar se eles foram ou não realmente gravados no local que afirmam terem sido gravados.

sábado, 26 de março de 2016

FACEBOOK CONTRA FALSO PERFIL


A ferramenta faz parte dos esforços da empresa para garantir a privacidade e segurança de seus usuários, principalmente das mulheres, que são as maiores vítimas.

O Facebook, infelizmente, possui milhares de perfis falsos. Muitos deles usam nomes de pessoas reais, com publicações, que em vários casos, acabam enganando o restante dos usuários. Pensando nisso, o Facebook está testando um novo recurso que tem como objetivo avisar automaticamente os usuários casos eles tenham suas identidades usadas na rede. 

De acordo com a rede social, a ferramenta faz parte dos esforços da empresa para garantir a privacidade e segurança de seus usuários, principalmente das mulheres, que são as maiores vítimas. 

Com isso, a rede social pretende notificar o usuário que existe outro perfil na rede utilizando o seu nome e ainda a sua foto. A ideia é que se possa confirmar se a conta é verdadeira ou fake. 

Caso o perfil não seja real, o usuário oficial pode marcar a conta como falsa e solicitar que o Facebook que notifique o criador ou mesma a remova. 

A ferramenta usa algoritmos de reconhecimento de imagem para poder detectar possíveis perfis falsos. Claro que, o sistema poderá apresentar algumas falhas, mesmo assim, não deixa de ser uma ótima ideia, já que em muitos casos, os usuários não sabem que seu nome está sendo usado em outras contas de forma inadequada. 

AS MAIORES VÍTIMAS SÃO AS MULHERES

As mulheres costumam ser as principais vitimas dos perfis clonados. Sendo que muitas de suas fotos são roubadas e usadas pelos donos dos perfis falsos para atingir vários objetivos. 

Ouvimos feedbacks de que isso [clonagem de perfis] era uma preocupação, especialmente para mulheres em muitas regiões, e isso pode causar diversos problemas sociais e culturais”, explica Antigone Davis, chefe de segurança global no Facebook.




terça-feira, 22 de março de 2016

QUANDO NÃO EXISTIA INTERNET


Aí da sua conexão e do conforto dos milhares de bytes transferidos, a gente quase nem lembra como muitas vezes era sofrido conseguir algumas coisas. Imagina quanto tempo da vida foi economizado por conta da tecnologia e mesmo assim você aí reclamando que o dia só tem 24 horas.

Antes da internet sem limites, do seu roteador e do seu smartphone, já existia civilização, e ela funcionava muito bem, obrigado. Para valorizar nossas facilidades, conheça algumas atividades impensáveis sem internet no mundo atual.

Pesquisas escolares



Antes do Google e da Wikipedia, as pessoas de bem se utilizavam de enciclopédias. Era muito comum comprar muitos livros dessas coleções que tentavam falar de tudo um pouco, ou frequentar bibliotecas pra ler e pegar emprestado. Só não podia esquecer de devolver, a mocinha da recepção ficava muito brava.

Trabalhos Escolares

Hoje em dia tem impressora wi-fi e impressora 3D (só falta fazer um sanduíche). O pior é quando essas desgraçadas não funcionam, a galera já quer enfiar o pé. Mas lá nos idos anos 90, os trabalhos escolares eram feitos na máquina de escrever.

Quem nunca errou uma palavra e teve que usar corretivo ou começar a escrever em uma folha nova?

Ligações no meio da rua

Celular? Imagina! Era orelhão mesmo. Comprar ficha, entrar na fila, rezar pra mocinha da frente não estar rezando 50 mil ave marias num disque pecado e ainda tirar a sorte grande de alguém atender a sua ligação lá no número de destino. Emergências? Isso era para os fracos. Depois surgiram os bipes. Mas só gente rica e importante tinha. #chateado.

Músicas

Antes dos serviços de streaming, downloads e iPod, aliás, antes mesmo dos CD’s, se a gente quisesse a música sensação do momento tinha que ficar ligando na rádio para pedir a música, depois esperar o programa inteiro pra gravar o hit. E quando a fita acabava antes da música?

Brincadeira do elástico



Lá nos anos 90, uma brincadeira que virou febre no país inteiro: pular elástico. Sim, era divertido ficar se embolando num elástico esticado. O mais sensacional é que ele não tinha manual de instruções mas existiam vários movimentos predeterminados na brincadeira. Não pergunte como essas informações chegavam a todos os cantos do país. Elas simplesmente chegavam.

Assistir a alguma coisa legal em casa

Como não existia Netflix e nem internet, as locadoras de filmes eram muito comuns. E antes do DVD era o VHS, com uma qualidade maravil… deixa pra lá. O importante era lembrar de rebobinar (voltar a fita pro início) antes da devolução, ou a multa comia seu precioso dinheirinho.

Paquerar

Era muito difícil. Você tinha que abusar da sua rede de contatos. Saber pelas amiguinhas ou amiguinhos se fulana ou fulano estava a fim de você, e mesmo assim podia não dar certo! Tinder e outros aplicativos facilitando a vida e a gente se achando o ban ban ban do cutuque.

Saber a hora certa

Hoje em dia, pra acertar o relógio todo mundo recorre ao celular, que ajusta a hora automaticamente. Mas sabia que existe um serviço que era muito utilizado e existe até hoje? Basta discar 130 e você ouve a hora certa no telefone. Testa aí!

Pornografia

Qualquer pedaço de pele ou insinuação era uma carga de tesão. Playboy? Era o auge da safadeza antes da segunda metade dos anos 90 aqui no Brasil. Quando um amiguinho no colégio chegava de manhã e espalhava pra turma: roubei a Playboy que meu pai comprou. Já era a hora do lanche. Um formigueiro de pirralhos olhando atentamente cada foto.

Comprar passagem aérea

Doce vida essa de procurar o melhor preço em todos os sites das cias aéreas, de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora. No passado longínquo era necessário se deslocar pra uma agência de viagens, pegar fila, confiar no atendente e pagar preços astronômicos em qualquer trecho.



Saber das tendências de moda

Sabe esse tanto de blogueiras que você segue? Isso não existia. Aliás, as tendências não chegavam aqui tão facilmente. As revistas de moda eram as melhores amigas de quem buscava informação. Hoje em dia com tanta variedade e tantas formas de se manter na moda, mas você aí, combinando cinto e sapato caramelo.

Aprender receitas bacanas

Ou você acordava cedo pra assistir aos programas matinais, quando as apresentadores realmente cozinhavam e não conversavam com fantoches, ou comprava livros de receitas e guardava as melhores no caderno de receitas da vovó.

Piadas

O mundo virou uma fábrica em série de memes e vídeos engraçados. Sem internet, boa parte da população se contentava com um livro do Ari Toledo. “Sabe o que aconteceu com o policial que se olhou no espelho? O policial civil”. (Ari Toledo, página 08)

Horário do cinema

Os filmes da gringa chegavam alguns (muitos) meses da sua estreia. Todo mundo tinha um cinema preferido e passava no lugar pra conferir os horários da semana ou então, nos cinemas mais modernosos, tinham um número de telefone e você perguntava quais horários e filmes estavam em cartaz. E claro, o bom e velho jornal de domingo.

Saber da vida de alguém

Ninguém tinha Facebook, Orkut, Instagram, Secret, nem nada parecido. Mas a casa da família brasileira tinha uma coisa muito importante: a lista telefônica. Nela a gente conseguia o número de telefone da pessoa e o seu endereço.

Reservar Hotel

As agências de viagem faziam esse trabalho pra você, mas caso já tivesse a indicação de algum hotel bacana no seu destino, era preciso ligar e fazer a reserva, depositar uma certa quantia e esperar que tudo saísse bem.

Pagar contas no banco

Pagar as contas fica cada vez mais fácil e rápido. Os bancos têm aplicativos e agora até código de barras são lidos nos smartphones. Já pensou antes da internet e dos caixas eletrônicos? Ir até uma agência, enfrentar muita fila e pagar todas as contas na boca do caixa. E vai tempo gasto nessa vida.

Ver e compartilhar fotos

Em tempos de Instagram, tirar mil fotos, escolher a melhor, aplicar um filtro, marcar as pessoas e postar, pode parecer uma caminho longo. Antigamente, com as máquinas fotográficas analógicas, era torcer pra tirar fotos boas, utilizando filmes fotográficos com número limitado de fotografias, levar pra revelação e muitas vezes receber o envelope com as fotos mais toscas do universo. Aí vinha a melhor parte, depois as pessoas marcavam uma reuniãozinha de amigos ou parentes em casa pra exibir o álbum.

Caminhos / Mapas



Os mapas eram de papel, os caminhos da nossa cidade eram decorados na memória e alguma noção dos pontos cardeais eram quase necessários. Enquanto hoje se perder é falta de vergonha na cara, ou de sinal, antes era desculpa para puxar assunto com a(o) gatinha(o) na rua.

Desaparecer por algumas horas

Pelo direito de querer ficar sozinho. Desaparecer por algumas horas sem deixar ninguém preocupado era muito fácil. Não tinha celular, WhatsApp e nem aplicativo pra “stalkear” a vida alheia. Para qualquer vontade de curtir a solitude, bastava sair de casa sem rumo ou ficar em casa e não atender o telefone fixo.

Antes de falar que ontem era melhor que hoje, pense em tudo isso. Mas o incrível é que mesmo com toda essa facilidade, cada vez mais conectados, ainda assim estamos cada vez mais sozinhos.